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1 de ago. de 2013

A INFLUÊNCIA NEGATIVA DA TELEVISÃO


Ver televisão é a atividade de lazer favorita (ou melhor, a opção de inatividade) de milhões de pessoas em todo o mundo.

Para um número significativo de pessoas, ver televisão é “relaxante”. Observe a si mesmo e verá que, quanto mais tempo sua atenção permanece tomada pela tela, mais sua atividade intelectual se mantém suspensa. Assim, por longos períodos você estará assistindo a atrações como programas de entrevistas, jogos de futebol, Domingão do Faustão, Luciano Huck, programas de humor (sempre com piadas clichês e repetitivas) e até mesmo propagandas, sem que quase nenhum pensamento seja gerado pela sua mente.

Você não apenas deixa de se lembrar dos seus problemas como se torna livre de si mesmo por um tempo – e o que poderia ser mais relaxante do que isso? Afinal, muitos de nós humanos temos dificuldade de viver consigo mesmo, afinal são tantas coisas negativas que temos em mente: problemas, dívidas, traumas, defeitos que não gostamos de pensar que temos; que a melhor solução momentânea que procuramos na terceira dimensão é nos ver livres de nós mesmos…

Mas será que a televisão é benéfica por causar esse tal “relaxamento mental”? Não, a televisão não é benéfica para nossa mente e vou explicar o porquê.

Embora a mente possa ficar sem produzir nenhum pensamento por um bom tempo, a sua mente permanece ligada à atividade do pensamento do programa que está sendo exibido. Mantém-se associada à versão televisiva da mente coletiva e segue absorvendo seus pensamentos.

No entanto, continua assimilando os pensamentos e as imagens que chegam à tela. Isso induz um estado passivo semelhante ao transe, que aumenta a suscetibilidade, e não é diferente da hipnose. É por isso que a televisão se presta à manipulação da “opinião pública” e o que passa no Fantástico cai na boca do povo na segunda-feira.

É só observar o seu ambiente e ver que as pessoas usam o tempo no cafezinho da empresa, ou na hora do almoço entre amigos para comentar matérias que foram passadas no Fantástico ou Jornal Nacional e acabam repetindo as frases e opiniões passadas na reportagem; e a grande parte das notícias é negativa, gerando uma egrégora cada vez mais negativa na mente das pessoas no planeta.

A inatividade da mente quando você está assistindo programas comuns de televisão é apenas no sentido de que ela não está gerando pensamentos e,  na tal “ausência de pensamento” que você não conecta seu eu interior e alcança o tal chamado “estado de graça” e consegue ficar em paz interior. Não, isso não acontece quando você assiste Salve Jorge, Salve José ou Salve o santo que seja!

É por isso que a televisão se presta a manipulação da opinião pública; como é do conhecimento de políticos ou de grupos (o tal “governo oculto”) que atuam por trás de propagandas, filmes, novelas, reportagens – eles gastam fortunas para nos prender no estado de inconsciência receptiva.

O tal “governo oculto” quer que toda população pense de forma padrão e limitada, e fazem isso através de mensagens subliminares (e também explícitas, aliás, bem explícitas; vide o programa Big Brother Brasil) através das programações populares de televisão. E se observarmos ao nosso redor, veremos que o “governo oculto” obtém bastante êxito no objetivo de controle com a grande maioria da população.

Portanto, quando estamos vendo televisão, nossa tendência é cair abaixo do nível do pensamento, e não nos posicionarmos acima dele. A TV tem isso em comum com o álcool e com determinadas drogas.

Embora ela nos proporcione um pouco de alívio em relação à mente, mais uma vez pagamos um preço alto: a perda da consciência. Assim como as drogas, essa distração tem uma grande capacidade de viciar.

Se assistir TV fosse estimulante para o pensamento, motivaria nossa mente a pensar por si mesma, o que é mais consciente e, portanto, preferível a um transe induzido pela televisão.

Não obstante, existem determinados programas e canais muito interessantes na televisão; muitos deles nos fazem raciocinar e repensar alguns antigos conceitos que foram colocados na nossa mente. Também alguns programas podem mexer com as nossas emoções e até mudar nossa vibração para melhor.

Algumas atrações humorísticas acabam sendo importantes para nossa alma; fazendo-nos exercitar o bom humor e, dessa forma, poderemos refletir sobre a insensatez humana e o ego com mais facilidade, além de nos ensinar enquanto nos fazem rir. Mas, para ter um efeito positivo sobre a mente, precisamos saber escolher o que assistir.

Temos a responsabilidade de escolher que tipo de conteúdo queremos imprimir no nosso cérebro.

O livro “A vida em Linhas” diz: “O nosso cérebro não sabe a diferença do passado, presente e futuro, não sabe a diferença de um acontecimento real da fantasia. Para o nosso cérebro “fazer” ou “pensar” produz o mesmo efeito.”

Então, imagine quando você assiste às novelas que só mostram trapaça, traição! Você está gravando essas imagens e sons no seu cérebro.

Evite programas de anúncios que o agridam com uma rápida sucessão de imagens que mudam rapidamente, com muitas cores, frases e músicas com letras pobres de conteúdo. O hábito de assistir televisão em excesso é uma das causas do aumento do índice de déficit de atenção, um distúrbio que vem afetando milhões de crianças no mundo. 

A atenção deficiente (mudar de canal incessantemente pode agravar isso), de curta duração, torna todos os nossos relacionamentos e percepções superficiais e insatisfatórios. O ser humano pode perder a paciência de aprender algo ou de ouvir alguém; o inconsciente pode buscar “mudar de canal a todo instante” (mudar de parceiro a todo instante, mudar de roupa, mudar de cabelo), causando a falsa sensação de que iremos encontrar algo que nos satisfaça completamente, desviando a atenção do seu eu interior. Errado, não sigam por esse caminho!

Enfim, enquanto estiver de frente à televisão, escolha algum programa que desperte seu interesse, procure prestar atenção na sua atividade mental e desvie os olhares da tela em intervalos regulares, com o intuito de cortar a tal hipnose. 

Não aumente o volume além do necessário e procure desligar a televisão e fazer alguma atividade física ou intelectual, ou apenas a curtir as pessoas que estão ao seu lado, principalmente se tiver crianças na casa.

E assim, vocês verão o benefício de fazer o esforço de ser criterioso nas escolhas e diminuir esse vício na televisão. Você passará mais tempo com você, observará seus pensamentos. O intuito de tudo isso é você se conhecer, mergulhar dentro do seu conhecimento interior, refletir mais sobre a vida, sobre a natureza, sobre o ambiente ao seu redor.

Nós sempre queremos mudar algo: queremos que o governo mude, que nosso chefe mude, as mulheres querem que o marido mude e vice versa, queremos que nosso vizinho mude, que nosso filho mude, queremos mudar o mundo; mas, e mudar a nós mesmos? E quanto a mudar nossos hábitos mais antigos e mudar o que pensamos?

Sibila de Cumes, nos antigos templos da Grécia jamais disse “Modifique os outros”, não, claro que não; estava escrito na entrada dos templos da antiga Grécia, principalmente em Atenas: “nosce te ipsum”, ou “conhece-te a ti mesmo”. 

Jesus Cristo também falava para os discípulos que tentavam compreendê-lo: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás a teu semelhante e a teu Deus”.

Nós estamos certos de que para você conhecer a si mesmo, conhecer como você funciona, como seu corpo funciona, quais capacidades seu cérebro possui, suas habilidades adormecidas; não será sentado horas e horas em frente à televisão que você encontrará e descobrirá tudo isso.

Você só estimula o cérebro se o exercita, por isso quem sempre esteve atento a esta questão terá menos problemas de saúde cerebral, como demência e doenças cognitivas, como Alzheimer.

 “O cérebro é como um músculo: se você exercita, você está mais protegido contra problemas”, diz Lea Grinberg, uma das coordenadoras do Banco de Cérebros da USP. Em caso de danos ao cérebro – seja causado por doenças como Alzheimer ou por pauladas na cabeça –, pessoas com bom nível educacional ou QI alto sofrem perdas menores da capacidade cerebral.

Ao que tudo indica, exercitar o cérebro cria uma espécie de reserva. É possível que, quando necessário, os atletas mentais consigam recrutar outras áreas do cérebro mais facilmente, ou talvez compensem a perda por usarem cada área de forma mais eficiente.

Aliás, uma boa notícia: só o fato de você estar lendo este texto já é um começo. 

“Leitura é um exercício fantástico. Quem não lê está fadado a uma memória mais lenta”, diz Iván Izquierdo, neurocientista da PUC gaúcha. Enfrentar desafios e sair da frente da TV também ajuda, assim como fazer exercícios físicos. Eles não só permitem que o seu cérebro funcione melhor como, provavelmente, fazem nascer novos neurônios.

Referências:

Eckhart Tolle, “Um novo mundo, o despertar de uma nova consciência”
Alessandra Ossiliere / Rosana Batarelli / Eliane do Canto / Ana Eliza Pavão, “A vida em Linhas”
Rafael Kenski, na matéria da revista Super Interessante de agosto 2006 “A revolução do cérebro”

http://despertardegaia.blogspot.com/

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