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12 de mar. de 2012

SWAMI RAMA-TYS - Mestre Ramatis


Ramaatis viveu na Indo-China, no século X, e foi instrutor em um dos inumeráveis santuários iniciáticos da Índia.

Era de inteligência fulgurante e desencarnou bastante moço.

É um espírito com muitas experiências reencarnatórias, tendo inclusive participado nos acontecimentos que inspiraram o famoso poema hindu Ramaiana.

Mais tarde, no astral, filiou-se a um grupo de trabalhadores espirituais, conhecidos como os "Templários da Cadeias do Amor", que se dedica a trabalhos profundamente ligados à psicologia oriental.

No final do século passado ocorreu a fusão, no astral, de duas importantes "fraternidades brancas" que dali operam em favor dos habitantes da Terra: a Fraternidade da Cruz, com certa ação no Ocidente que divulga os ensinamentos de Jesus, e a Fraternidade do Triângulo, ligada à tradição iniciática e espiritual do Oriente, formando assim a Fraternidade da Cruz e do Triângulo.

Seus membros, no astral, usam vestes brancas, com cintos e emblemas de cor azul-clara esverdeada.

Sobre o peito, trazem suspensa delicada corrente como que confeccionada em fina ourivesaria, na qual ostenta-se um triângulo de suave lilás luminoso, emoldurando uma cruz lirial.

É o símbolo que exalça, na figura da cruz alabastrina, a obra sacrificial de Jesus e, na efígie do triângulo, a mística oriental.


Ramatís possui um estilo bastante direto, duro, e aborda muitos assuntos ocultistas, esclarecendo pontos obscuros das práticas espirituais, o que não agrada muito certos espíritas "ortodoxos" (kardecistas).

Mas o que não gostam nele é justamente o que ele faz questão de nos mostrar: o quanto somos atrasados espiritualmente, o quanto nos apegamos aos nossos prazeres e justificamos pra nossa consciência nossos erros seculares.

Isso incomoda muita gente que se diz "espiritualizada". Mas é justamente esse estilo "ácido" que me faz gostar de Ramatís, como por exemplo:

Alguns espíritas lamentam que as vossas comunicações não sigam a mesma linha de exortação evangélica, sem complexidades proféticas, a que já se consagraram inúmeras entidades nas obras mediúnicas tradicionais do Espiritismo. 

Referem-se a Espíritos que transmitem apenas mensagens doutrinárias que não provocam celeumas, dúvidas, nem contêm predições prematuras, mas se mantêm dentro da manifestação purista dos preceitos kardecistas.

RAMATIS: As manifestações espirituais, na vossa vida, podem obedecer a múltiplos aspectos. Assim como Buda veio para os seus eletivos, na Ásia, e Jesus para os seus afins, no Ocidente, há profetas que só servem a grupos simpáticos à sua psicologia, como há determinados trabalhadores desencarnados que só atendem aos adeptos da doutrina espírita. "Grande é a seara de meu Pai e há nela muitos lugares para todos os trabalhadores" — afirmava o grande lider oriental. Por que motivo deverão todos os instrutores pregar sob um mesmo e exclusivo aspecto?

Uma vez que já existem no vosso meio entidades espirituais capacitadas e integradas na esfera da pura exortação evangélica, por que motivo deveríamos repetir as mesmas coisas, talvez com menor êxito? Se compreendeis realmente que Deus está em tudo que criou, não podeis separar nada dentro da sua orientação divina. Que é que interpretais como manifestação "purista", em doutrina? O que concorda com a vossa mentalidade?

O servidor do Pai, inspirado pelo Evangelho, tanto admira a urtiga que fere quanto a violeta que perfuma; tanto tolera a serpente rastejante, que atende ao sagrado direito de viver, quanto admira a andorinha que corta os espaços.

Sabe que Deus não cometeu distrações na contextura dos mundos; que não criou "coisas ruins ou impuras" e que não cabe ao homem o direito de criticar supostos equívocos do Pai! O bálsamo, que alivia a dor, tem o seu correspondente no ácido, que cauteriza a gangrena.

Eis porque não podemos nos cingir a um sistema único de comunicações mediúnicas, de modo a vos entregarmos mensagens confeccionadas especialmente para o cabide do vosso comodismo mental.

Não deveis criar a separação, exigindo preferência exclusiva para o que vos é simpático, pois, não existindo coisa alguma absolutamente impura, à medida que realmente evoluirdes descobrireis os valores que se acham ocultos nas coisas consideradas inúteis ou daninhas.

Podeis nos dar alguns exemplos desses valores existentes nas coisas "inúteis" ou "daninhas"?

RAMATIS: — O capim, tão vilipendiado, a ponto de servir de figura de retórica para simbolizar a inutilidade, é considerado atualmente, pela vossa ciência, como uma das plantas que possui todas as vitaminas conhecidas, o que tem constituído o segredo da vigorosa nutrição dos animais.

O batráquio repulsivo é que sustenta a vida na lavoura; as feias lagartas geram delicadas borboletas; as minhocas são os humildes mineiros que abrem as galerias que servem para a renovação do ar destinado às reações químicas da seiva vegetal no sub-solo. O mofo, ou bolor, considerado resíduo anti-higiênico, é a virtuosíssima penicilina.

Em nenhuma ferida em que se assenta a mosca varejeira há perigo de gangrena. Milhares de criaturas devem a sua cura aos tóxicos das aranhas, das cobras e dos insetos venenosos.

Há um sentido oculto, de utilidade, mesmo naquilo que vos parece revolta da Natureza: a tempestade furiosa é a limpeza da atmosfera carregada de impurezas, e os temidos vulcões são as válvulas de segurança do vosso globo, para que se equilibre a pressão interna na saída gradual dos gases.

Só o homem — separatista por índole — é que atribui efeitos daninhos às coisas que não lhe despertam simpatias.

O derrotismo da alma egocêntrica não lhe permite avaliar merecimentos nas experimentações alheias, e então se entrega sistematicamente a uma censura viva e acre. Em qualquer latitude do Cosmo, seja na região celestial, seja na vida física ou nas regiões infernais do Além, há um contínuo processo de mais embelezamento e utilidade espiritual.

Jesus, o espírito sem deformidade mental, que reconhecia sempre o valor oculto que há em todas as coisas, considerou a prostituta como a infeliz esposa, mãe e irmã distante dos bens da paz e da alegria verdadeira.

O homem honesto e compreensivo, viajante comum da vida física, quando não lhe agradam as ofertas ou as experimentações dos companheiros da mesma viagem evolutiva, segue o seu caminho e os deixa em paz. Se não vibra com os raciocínios novos dos companheiros, prossegue evolucionando através dos seus valores familiares, que lhe despertam inteira confiança.

O homem não cumpre os mandamentos do Pai quando cultua só aquilo que lhe agrada e hostiliza sempre o que lhe é antipático. Que seria do vosso orbe se os "cientistas puros", inimigos do misticismo e dos compungimentos religiosos, resolvessem destruir todos os templos e agrupamentos espiritualistas, exterminando sacerdotes e doutrinadores?

Ou, então, se os mandatários religiosos, fanáticos, inimigos da ciência e remanescentes da Idade Média, decidissem aniquilar completamente o labor científico? Qual dos grupos teria mais direito e razão para agir?

O vosso globo, em lugar de escola educativa do espírito, tornar-se-ia um árido deserto de idéias e de liberdade!

Outra crítica insistente classifica-vos de lobo vestido de ovelha; diz que sois um dos "falsos Profetas" anunciados pela Bíblia; um dos "Espíritos iníquos" mencionados por Jesus. Qual a vossa resposta?

RAMATIS: — Na figura desse lobo vestido de ovelha ou do falso profeta bíblico, queremos deixar-vos, então, a seguinte mensagem mefistofélica: — Antes de irdes ao vosso centro, loja, cenáculo, igreja, templo, terreiro ou instituição iniciática, reconciliai-vos com os vossos inimigos; antes da prece recitada em público, lamuriosa e poética, dedicai-vos tão abnegadamente aos vossos irmãos necessitados, de modo tal que nem vos sobeje tempo para orardes.

Não julgueis a embriaguez do irmão sem lar e sem ânimo para viver, mas estendei-lhe as mãos fraternalmente; abandonai o vosso veículo caríssimo e luxuoso, até que o infeliz aleijado do vosso caminho tenha o seu carrinho de rodas.

Reduzi a quantidade excessiva de ternos, que possuís, para que possais vestir alguns maltrapilhos da vizinhança; diminuí o uísque e as compotas da vossa adega, para que sobre pão ao faminto e vitaminas para a criança anêmica; economizai no gasto da boate, para socorrerdes a infeliz lavadeira que precisa de descanso, a parturiente que pede fortificante ou o operário desvalido que não cobre com o seu salário as suas despesas mensais.

Buscai colocação para o desamparado e para a jovem doméstica que luta com dificuldades financeiras; providencial medicamento para o doente deserdado e livro para o estudante pobre.

Aprendei que a doutrina é sempre um meio e não um fim. O Espiritismo é maravilhosa revelação da imortalidade da alma; convite divino para que o homem modifique a sua conduta desregrada e assuma a responsabilidade da vida espiritual; mas, acima de tudo, que se cumpra a universalidade do Cristo, antes que o separatismo de seitas.

E que "vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei" seja o compromisso incessante a que deveis atender, porque nunca podereis pregar a união sob a exclusividade religiosa.

Podeis afirmar que estais com a melhor doutrina, mas isto é apenas uma opinião humana, com a qual pode discordar a opinião crística.

A melhor doutrina é, ainda, o amor pregado por Jesus, doutrina que não possui postulados ou diretrizes tipografadas fora do coração! Se assim fizerdes, asseguramos-vos que estareis livres do imenso perigo dos "lobos vestidos de ovelhas", dos "falsos profetas", dos mefistófeles com aparência evangélica ou dos "Espíritos iníquos" preditos na Bíblia. Se eles vos conduzem ao erro e à iniqüidade, tornar-se-ão inofensivos, em virtude de não encontrarem em vós próprios as condições favoráveis para implantarem em vós a iniqüidade e o separatismo.


A vida de Ramatis 
A história de um grande Mestre Universalista

Fonte: www.espirito.org
http://despertardegaia.blogspot.com/

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2 comentários:

  1. gostaria de uma resposta por favor a fraternidade da cuztriângulo tem afiliação com lobos se possìvel gostaria de uma resposta o mais ràpido obrigado.meu e-mail é dm-veleda@bol.com.br

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  2. Anônimo:

    Em resposta à sua pergunta, creio que você deveria ler novamente a própria resposta que o Mestre Ramatis deu ao seu interlocutor.

    O lobo citado foi uma metáfora (lobo vestido de ovelha) "lobo em pele de cordeiro", um dito popular que significa "falsidade", ou ele estar se passando por um Mestre da Luz e não o ser...Um possível "falso profeta".

    Compreendeu ?

    Pelos meus estudos e experiência com a Espiritualidade, tenho em conta que o Mestre Ramatis é um trabalhador da Luz, servidor do Pai e do Filho. Mestre de grande valia para a humanidade, de inúmeras psicografias, livros e mensagens registradas, ensinamentos todos voltados à evolução do ser humano.

    Espero ter ajudado...

    Paz e Luz

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